Aproveitando a comemoração, Guterres alertou que o mundo está "a testemunhar como o ódio se está a espalhar a um ritmo alarmante", particularmente na Internet, onde "passou das margens para ser a corrente principal de opinião".

"Espero que nunca nos calemos perante a discriminação e que nunca sejamos tolerantes com a intolerância. Temos de defender os direitos humanos e a dignidade de todos, sem perder de vista a humanidade dos outros", afirmou.

O alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, apelou ao mundo para que faça um exame de consciência histórico para evitar que o Holocausto - o extermínio sistemático de onze milhões de pessoas, quase metade das quais judeus, pela Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial - volte a acontecer e para que se lembre que o primeiro passo é humanizar a outra pessoa.

"Inúmeros espetadores optaram, naquele momento, por desviar o olhar ou permanecer indiferentes, apesar de suspeitarem que estavam a assistir a um ato de brutalidade tão extraordinário quanto desumano", afirmou Turk.

"Esta desumanização que permitiu a execução do Holocausto, a profundidade e a escala desta falha de empatia, foi tão incompreensível como aterradora", acrescentou.