As vítimas são militares na casa dos trinta e quarenta anos e regressavam do combate em primeira intervenção a um incêndio florestal, como faziam todos os dias na região do Douro. Com base em Armamar, o helicóptero sobrevoava o rio perto de Peso da Régua, num local onde navegavam embarcações de recreio, que acabaram por resgatar o piloto com vida.

O piloto do helicóptero encontra-se estável e sob observação médica, não correndo aparentemente risco de vida, confirmou fonte hospitalar.

"O helicóptero partiu-se em dois" afirmou hoje o comandante da Zona Marítima do Norte em declarações aos jornalistas, que confirmou terem sido localizados dentro dos destroços da aeronave os corpos de dois militares, outros dois nas imediações e que há ainda um desaparecido.

As buscas decorreram até às 21h00, altura em que o comandante das operações falou emocionado ao jornalistas com a notícia de que por questões de segurança as buscas estavam suspensas. As operações regressam ao nascer do sol nas águas do rio, mas por terra e nas margens mantêm-se a esperança de encontrar o militar.

O helicóptero caiu no rio Douro, região de Lamego, confirmou minutos depois a Proteção Civil ao SAPO 24, cerca das 13h30. A aeronave transportava uma equipa de intervenção rápida UEPS da GNR, entidade que revelou em comunicado ao início da tarde que havia cinco militares desaparecidos.

O primeiro-ministro disse hoje que vai decretar este sábado como dia de luto nacional. "É um dia muito, muito triste" afirmou Luís Montenegro acerca do acidente que vitimou os cinco militares que seguiam num helicóptero que caiu hoje no rio Douro.

A Câmara de Lamego decretou também luto municipal pela trágica morte dos militares.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "foi com profunda consternação" que tomou conhecimento do "trágico acidente aéreo que envolveu um helicóptero que transportava os elementos da Equipa Helitransportada de Ataque Inicial, da Unidade de Emergência e Socorro".

As causas do acidente ainda não são conhecidas. O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), organismo do Estado Português, tem uma equipa no terreno e que está a investigar o acidente. O helicóptero acidentado, do modelo AS350 — Écureuil, é operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve.

Duas tragédias emergem à memória coletiva deste dia: a queda da ponte de Entre-os-Rios e a morte de um grupo de bombeiros da corporação de Armamar. A juntar à já muito numerosa perda de vidas nos incêndios em Portugal nos últimos anos.

*com Lusa.