Atualmente, nos Estados Unidos, faz-se um primeiro teste, que no caso de revelar níveis elevados de glicémia precisa de ser confirmado numa segunda consulta com um novo teste, o que gasta tempo e dinheiro e pode conduzir a diagnósticos errados.

"Os resultados do nosso estudo sugerem que dois testes feitos a partir de uma mesma amostra de sangue podem confirmar a diabetes, possibilitando uma grande simplificação das práticas clínicas atuais", afirmou a principal autora do estudo, Elizabeth Selvin, da escola de saúde pública Bloomberg, da universidade Johns Hopkins.

No caso de pessoas obesas, que têm vários fatores de risco para sofrer de diabetes, os médicos já pedem o teste duplo a partir de uma única amostra.

Quando o primeiro teste dá resultado positivo, isso tem "um alto valor previsivo para um diagnóstico posterior", afirmou Selvin.

Os investigadores olharam para dados recolhidos desde os anos 80 sobre mais de 13.000 pessoas e identificaram 383 que tinham tido resultado positivo no primeiro teste para todos os indicadores medidos, pelo que não teriam necessidade de fazer o segundo teste.

Quase todos vieram a desenvolver complicações associadas à diabetes, e a um ritmo mais rápido do que outros doentes.

"Espero que estes resultados levem a uma mudança nas diretivas clínicas que serão revistas no princípio de 2019, o que poderá permitir identificar a diabetes de uma forma mais eficiente", indicou Selvin.

Em Portugal a diabetes afeta mais de um milhão de pessoas e é diagnosticada a cerca de 200 novos doentes por dia. A este número juntam-se mais de dois milhões de pessoas com pré-diabetes.