Ismael López, da BBC Mundo, e Joshua Partlow, do The Washington Post, segundo a agência de notícias Efe, saíram sexta-feira à noite daquele espaço, para o qual estavam a ser transferidos estudantes feridos, depois do assalto das forças de segurança do Governo e milícias terem atacado a Universidade Nacional Autónoma da Nicarágua (UNAN) para desalojar os jovens que aí se encontravam barricados desde maio.
A libertação dos jornalistas veio depois de várias conversas entre elementos da polícia e um membro da Cruz Vermelha e depois de passarem várias horas nas mãos das forças de segurança governamentais. José Noel Marenco, da 100% News, e Sergio Marín, da La Mesa Redonda, permanecem no local.
“Padres, jornalistas e estudantes feridos nacionais e estrangeiros, cercados por paramilitares na reitoria da Divina Misericórdia Freguesia de Manágua. Tentamos que alguém consiga chegar junto deles”, escreveu na sexta-feira à noite o bispo auxiliar da Arquidiocese de Manágua, Silvio José Báez, na sua conta na rede social Twitter.
O grupo refugiou-se na casa paroquial, próxima à UNAN, onde os estudantes feridos estavam a ser transferidos.
Pelo menos cinco estudantes que estavam desde maio barricados no campus universitário a exigir a renúncia do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, ficaram feridos depois de uma operação das forças de segurança e policiais para expulsá-los do local, informaram os seus líderes.
Na cidade de Masaya, cerca de 30 km de Manágua, pelo menos duas pessoas morreram na sequência de confrontos em que a polícia usou armas pesadas contra os manifestantes, no final de um discurso do presidente Daniel Ortega, na sexta-feira à noite, informou a Associação Nicaraguense de Direitos Humanos.
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