"Esta noite, a primeira-dama e eu testámos positivo à Covid-19. Vamos iniciar a nossa quarentena e processo de recuperação juntos. Vamos passar por isto juntos!", escreveu Donald Trump, na rede social Twitter.

Melania Trump também já reagiu publicamente à notícia da sua infeção. "O presidente e eu estamos a fazer quarentena em casa depois de testar positivo à Covid-19. Estamos a sentir-nos bem e já adiámos todos os compromissos marcados. Garantam que estão seguros e vamos passar por tudo isto juntos", escreveu na sua conta oficial de primeira-dama dos EUA.

O Presidente norte-americano tinha anunciado que tinha feito um teste à covid-19, mas ainda não conhecia o resultado, depois de uma colaboradora próxima ter confirmado estar infetada.

“Ela deu positivo”, disse Donald Trump à estação de televisão Fox News, confirmando as notícias da imprensa sobre Hope Hicks, conselheira presidencial.

“Acabei de fazer o teste, veremos”, afirmou, acrescentando que a mulher, Melania, também tinha realizado um teste.

“Vou obter os resultados esta noite [quinta-feira] ou amanhã de manhã [sexta-feira], mas sabem, passo muito tempo com a Hope, tal como a primeira-dama”, acrescentou.

“Teremos de nos submeter a quarentena? Não sei”, disse Trump.

Hope Hicks estava a bordo do Air Force One com o Presidente dos Estados Unidos, num voo para Cleveland (centro-leste), na terça-feira, para participar no debate eleitoral com o candidato democrata à Casa Branca Joe Biden. A conselheira também viajou com Trump na quarta-feira, para o estado de Minnesota (centro-oeste), onde decorreu uma reunião de campanha.

O médico pessoal de Trump, o comandante da Marinha norte-americana Sean Conley, anunciou ter recebido as confirmações dos testes positivos ontem à noite. "O presidente e a primeira-dama estão ambos bem e planeiam ficar na Casa Branca durante o seu período de convalescença", escreveu, adiantando que vai manter vigilância atenta sobre o estado de saúde dos Trump e que o presidente deverá conseguir "desempenhar as suas funções sem interrupções durante a recuperação".

Neste momento ainda é incerto quanto tempo é que Trump ficará de baixa, sendo que tal ocorrerá, no mínimo, nos próximos 14 dias, período avaliado de inoculação da Covid-19 durante o qual é necessário cumprir quarentena.

De acordo com a agenda oficial, Trump, candidato a um segundo mandato na Casa Branca, deveria deixar Washington na sexta-feira a meio da tarde para participar num comício eleitoral na Florida (sudeste). No entanto, este já foi cancelado dado o estado de saúde de Trump, e é bastante provável que os comícios no Wisconsin e no Arizona tenham o mesmo destino.

Se o estado de saúde de Trump se agravar, terá de ser o seu vice-presidente, Mike Pence, a assumir temporariamente a presidência. No entanto, dada a proximidade dos dois, se Pence também tiver ficado infetado com a Covid-19, a pessoa seguinte na hierarquia para governar os EUA é Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes eleita pelos democratas.

Pence, de resto, já reagiu à notícia da infeção de Trump, escrevendo que ele e a mulher estão a enviar "amor e orações" ao casal presidencial. "Juntamo-nos a milhões pela a América a rezar pela sua recuperação rápida e completa. Que Deus vos abençoe,  presidente Trump e a nossa maravilhosa primeira-dama Melania", escreveu no Twitter

Como foi recordado pelo jornal The Guardian, Trump, de resto, tinha feito pouco do candidato democrata Joe Biden durante o debate de 29 de setembro para as presidenciais norte-americanas por este apresentar-se publicamente de máscara.

O Presidente dos EUA submete-se regularmente a testes à covid-19, embora a frequência exata destes testes não seja conhecida.

Os Estados Unidos registaram 884 mortos e 46.164 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

Com este último balanço o país atingiu um total de 207.743 óbitos e 7.273.943 casos confirmados na segunda-feira.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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