Enfermeiros oriundos de várias regiões do país uniram-se numa só voz à frente do Ministério da Saúde, em Lisboa.

Entre as reivindicações estão a reposição da paridade salarial da carreira de enfermagem com as carreiras de técnico superior e outros profissionais de saúde, a aposentação mais cedo, como mecanismo de compensação do risco e penosidade da profissão, e a contratação de mais profissionais.

O protesto coincide com o segundo dia de greve nacional por reivindicação de melhores condições de trabalho, que resultou em centros de saúde sem enfermeiros, ou com "muito poucos", e blocos operatórios a responder apenas a urgências.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, estima que a adesão à greve de hoje tenha sido superior ao primeiro dia de greve, na quarta-feira, que rondou os 60%.

Também os médicos anunciaram hoje greve nacional para os dias 25, 26 e 27 de julho em protesto contra "a incapacidade" do Governo em "apresentar uma grelha salarial condigna".

A saúde tem sido alvo de grande discussão, ora pela denúncia das longas listas de espera, por causa da falta de médicos, enfermeiros e auxiliares, ora pelas situações precárias que vivem os profissionais que permanecem com um grande volume de trabalho.

*Com Lusa