Em nota à agência Lusa, depois de se conhecer que o executivo vai pagar à Ryanair mais de 1,1 milhões de euros para fazer promoção turística da região no Reino Unido, fonte do executivo admite que “é ainda prematuro retomar de forma viável a promoção externa da Região, não só porque existem medidas de confinamento obrigatório em vigor na região para passageiros vindo do exterior, como também pelo panorama restritivo às viagens para outros países, vivido na generalidade dos mercados”.

Por esses motivos, prossegue a fonte, “depois da obtenção do visto do Tribunal de Contas, poderá ter de ser avaliado um eventual ajuste do cronograma de ações que tinha sido previsto em outubro de 2019, numa fase do turismo dos Açores completamente diferente da atual”.

O concurso para a promoção do destino Açores no Reino Unido “vinha a ser preparado desde meados de 2019, no âmbito da estratégia de reforço de fluxos turísticos de mercados estratégicos para a região” e a Ryanair venceu o mesmo “por ter obtido a melhor pontuação, tendo em conta todos os critérios e pontuações definidos no programa de procedimentos”.

“Nesta fase, o processo está a ser preparado para solicitação de visto prévio do Tribunal de Contas, pelo que apenas irá produzir efeitos após esse visto”, prossegue a fonte do Governo Regional socialista.

Os valores constam de um concurso público internacional lançado pela Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, cujo resultado foi agora publicado na página da BASE – Contratos Públicos Online, que revela os pormenores deste contrato, assinado em 28 de abril por ambas as partes.

O documento, subscrito pela secretária regional, Marta Guerreiro, titular da pasta do Turismo nos Açores, e por David O’Brien, em representação da companhia irlandesa, impõe vários deveres à Ryanair, que terá de assegurar o planeamento e a coordenação de todas as ações de promoção turística dos Açores.

Além da Ryanair, que opera na região, tinham concorrido três outras empresas, todas elas ligadas aos meios de comunicação e audiovisuais e que se dedicam, quase exclusivamente, a este tipo de campanhas promocionais.

O contrato em causa determina o pagamento, por parte do executivo açoriano, de um montante de 920 mil euros, acrescidos de IVA (imposto sobre o valor acrescentado), e de um prémio adicional de 240 mil euros, também acrescidos de IVA, caso haja uma “boa execução” do contrato e “caso a promoção turística resulte num aumento da procura pelo destino Açores”.

Até ao momento, já foram detetados na região um total de 145 casos pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se 89 recuperados, 15 óbitos e 41 casos positivos ativos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.