Luís Montenegro, líder do PSD e candidato às próximas Legislativas, passeou-se esta terça-feira pelas ruas de Portalegre, no Alto Alentejo. À medida que ia cumprimentando o povo foi também ele vítima de algumas queixas, nomeadamente por parte de algumas pensionistas, que se queixaram dos cortes nas suas pensões, quando Pedro Passos Coelho, ex-líder do PSD, foi Primeiro-Ministro.

O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) não fugiu à questão e fez novamente a mesma promessa que tinha feito domingo, mas agora com uma diferença. Se no primeiro dia de campanha tinha referido que não iria cortar pensões, desta feita foi mais longe, ao salientar que se o acabar por fazer...demite-se.

"Vou-vos dizer aqui uma coisa que nunca disse na campanha, vou-vos dizer aqui pela primeira vez, para ser muito claro sobre isso: se eu algum dia tiver de cortar um cêntimo numa reforma, demito-me", salientou Luís Montenegro.

A conversa das pensionistas para com o líder do PSD surgiu depois destas, como as próprias referiram, terem visto Pedro Passos Coelho, na passada segunda-feira, a juntar-se à campanha da AD.

Luís Montenegro tentou defender o ex-primeiro-ministro, salientando que tais medidas foram necessárias devido ao estado de então do país, que estava "na bancarrota", mas que tinha sido também Passos Coelho a recuperar a situação do país.

Com mais algumas trocas de palavras com as pensionistas, Luís Montenegro acabou por sair do local a proferir discurso semelhante aquele que iniciou com as cidadãs de Portalegre.

"Podem ter a certeza absoluta do que disse. É uma promessa de honra minha, podem estar mesmo despreocupadas. E, por mais que os nossos adversários vos tentem dizer isso para vos assustar, não acreditem. É palavra de honra, mesmo", disse Montenegro que depois foi questionado pela comunicação social se estava arrependido de ter trazido Pedro Passos Coelho para a campanha da AD.

"Era o que faltava. Não, de maneira nenhuma".