“Nunca tive acesso a nenhum processo, nunca pesquisei nenhuma base de dados, considero-me inocente, não cometi qualquer tipo de crime. Sinto-me tranquilo”, disse Júlio Loureiro em declarações à SIC, à entrada do Tribunal de Guimarães, onde continua a trabalhar.

Na terça-feira, o MP acusou a SAD do Benfica e o seu assessor jurídico Paulo Gonçalves, e os funcionários judiciais Júlio Loureiro e José Silva de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no âmbito do caso “e-toupeira”.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, e oferta ou recebimento indevido de vantagem. Favorecimento pessoal, violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário, peculato, acesso indevido, violação do dever de sigilo e falsidade informática são os outros crimes imputados aos acusados.

O arguido Júlio Loureiro, escrivão e observador de árbitros, está acusado de 76 crimes: um de corrupção passiva, um de recebimento indevido de vantagem, um de favorecimento pessoal, seis de violação de segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo e de 28 crimes de falsidade informática.