"A partir do início da próxima legislatura, o Livre pretende tomar o seu lugar no meio da esquerda, tendo o objetivo que a sua deputada eleita, Joacine Katar Moreira, se sente no hemiciclo entre o Partido Socialista, o Partido Ecologista "Os Verdes" e o Partido Comunista Português", refere o partido em comunicado.
O Livre justifica a sua pretensão alegando que "só com convergência à esquerda é possível transitar o país para um modelo de governação sustentável e com direitos para todos".
A escolha do lugar onde a deputada única se quererá sentar no hemiciclo da Assembleia da República foi aprovada por unanimidade pela Assembleia do partido (órgão máximo entre congressos), mas a Declaração de Princípios do Livre refere que o lugar do partido "é no meio da esquerda".
A decisão cabe agora à conferência de líderes parlamentares, que se reúne hoje na Assembleia da República para preparar a XIV legislatura, que deverá arrancar na penúltima semana de outubro.
A conferência de líderes, além da data do arranque da legislatura - que está dependente da publicação do mapa oficial dos resultados eleitorais -, deverá também abordar o posicionamento no hemiciclo dos três novos partidos eleitos no passado domingo: Chega, Iniciativa Liberal e Livre.
O Livre já informou que vai solicitar ao próximo presidente da Assembleia da República uma "tolerância de tempo" relativamente às intervenções da deputada eleita Joacine Katar Moreira, que tem gaguez.
Através do comunicado enviado hoje, o Livre aponta também as comissões parlamentares nas quais pretende estar representado, nomeadamente a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a Comissão de Assuntos Europeus e a Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.
"O Livre, consciente do mandato que lhe foi atribuído com uma deputada eleita, irá lutar pelo programa que apresentou às eleições, estabelecendo como prioridades a justiça social e a justiça ambiental", salienta o partido.
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