"Este crime que aqui se está a passar tem responsáveis. Esse responsável é o Governo Regional, que é culpado de toda esta situação", disse o independente, que encabeça a lista socialista, durante uma visita ao leito daquela ribeira, no arranque da campanha.
A extração de inertes estende-se por uma grande extensão ao longo do curso de água, que estabelece a fronteira entre o concelho do Funchal e o de Câmara de Lobos, a oeste, e constitui uma atividade que a candidatura do PS classifica como "atentando ambiental".
O “crime” é feito “com a cumplicidade do Governo Regional, num saque que tem sido feito a esta ribeira, mas também a outras ribeiras", disse Paulo Cafôfo, acusando em particular a vice-presidência e as secretarias dos Equipamentos e Infraestruturas e do Ambiente e Recursos Naturais de não atuarem.
Paulo Cafôfo disse que a extração no leito da ribeira dos Socorridos tem consequências negativas ao nível do ambiente, dos recursos naturais e da paisagem, e alertou para o facto de a Madeira ter sido assolada por grandes catástrofes naturais nos últimos anos, pelo que em causa está também a "segurança das pessoas".
"É fundamental não esquecermos que a nossa região é muito vulnerável", advertiu.
O cabeça de lista salientou que a primeira ação de campanha do PS incidiu sobre o setor do ambiente devido à necessidade de "chamar a atenção" para as "situações essenciais", mas numa "perspetiva construtiva" e "dando soluções".
"Nós queremos outras políticas ambientais que tenham como trave mestra uma boa gestão dos recursos naturais e uma boa gestão do território, com uma estratégia integral de avaliação dos riscos", afirmou, assegurando que o PS pretende orientá-las com base na sustentabilidade e na responsabilidade.
Paulo Cafôfo prometeu, por outro lado, que vai realizar uma campanha eleitoral pela positiva.
"Queremos que seja alegre, com boa energia, em que a esperança possa contagiar os madeirenses e porto-santenses para uma mudança, uma mudança de políticas, mais do que a mudança de protagonistas, que é necessária. Mas queremos que se possa fazer melhor e que se possa fazer diferente", disse.
As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.
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