"Foi-me transmitida uma profunda confiança nestes encontros de que ainda é possível, ao longo de todo o dia de hoje, através da votação e da mobilização popular, (...) garantir a possibilidade, que se pensa ser real, de fazer a 'virada', como dizem aqui no Brasil, e inverter os resultados da primeira eleição", afirmou o deputado o Partido Comunista Português (PCP).
João Pimenta Lopes encontrou-se com diversas organizações e partidos, entre eles o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde procurou entender as razões que levaram à expansão da extrema-direita no país.
Numa eventual vitória de Bolsonaro, o deputado do PCP no Parlamento Europeu acredita que o impacto e consequências de um governo fascista não serão apenas sentidas no Brasil, mas também a uma escala global.
"Numa eventualidade de uma vitória da candidatura fascista, e esse risco existe e nunca foi negado, os impactos serão seguramente extensíveis a toda a América Latina e mesmo à escala global, até nos ânimos que venham a ser alimentados para as forças mais reacionárias (...) mas sabemos bem que o fascismo não é uma resposta, é apenas um projeto mais agressivo de continuidade dessas políticas (capitalistas)", disse.
Para João Pimenta Lopes, o dia seguinte ao sufrágio que elegerá o o sucessor de Michel Temer como 38.º Presidente do Brasil será muito importante, independentemente do resultado, "seja numa perspetiva de resistência, seja numa perspetiva de garantir que se possa retomar um rumo de avanços sociais e económicos no Brasil", defendeu.
Cerca de 147,3 milhões de eleitores são chamados este domingo às urnas para decidir quem será o próximo Presidente da República brasileiro, numa disputa entre a extrema-direita com Jair Bolsonaro e a esquerda com Fernando Haddad.
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