O PS ganhou as legislativas regionais de hoje, ao alcançar 39,13% (40.701 votos). Com este resultado, os socialistas não alcançaram o seu principal objetivo: renovar a maioria absoluta com que governaram na região nos últimos 20 anos.
Para alcançar a maioria absoluta o PS teria que ter pelo menos 29 dos 57 deputados do parlamento açoriano.
O PSD, com 33,74% (35.091 votos), garantiu 21 mandatos, mais dois mandatos do que nas eleições de 2016. Já o CDS-PP com 5,51% (5.734 votos), elegeu três deputados, além de um parlamentar em coligação com PPM (com 115) votos.
O Bloco de Esquerda (BE) conseguiu dois deputados eleitos, candidatos pelos círculos de São Miguel e da Terceira.
Os dois eleitos pelo BE são António Lima, de 39 anos, professor e líder do partido nos Açores, que se apresentou às eleições regionais como candidato do círculo eleitoral da ilha de São Miguel, e Alexandra Manes, de 45 anos, ajudante de educação especialista, que foi candidata pela ilha da Terceira.
O PPM obteve 2,34% (2.431 votos) e elegeu um deputado, além de um outro eleito em coligação com o CDS-PP.
Por sua vez, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) conseguiu hoje o seu primeiro deputado eleito nas legislativas regionais dos Açores, pelo círculo de compensação. O eleito pelo PAN é Pedro Neves, de 41 anos, assessor político e porta-voz do partidos nos Açores, que se apresentou às eleições regionais como cabeça de lista do partido pela ilha de São Miguel e candidato pelo círculo de compensação.
Para além do PAN, a Assembleia Regional dos Açores ganha outros dois partidos na sua composição. Chega e Iniciativa Liberal (IL), que se estrearam neste sufrágio na região conseguiram alcançar o seu objetivo: eleger pelo menos um deputado.
O IL, com 1,93% (2.012 votos), conseguiu eleger um deputado pelo círculo de compensação. Já o Chega, com 5,06% (5.260 votos) conseguiu eleger dois deputados, um pelo círculo de São Miguel e outro pelo de compensação.
Na estreia nas eleições regionais, em que o IL teve candidatos em dois dos 10 círculos eleitorais, o deputado eleito de partido foi Nuno Barata, de 54 anos, gestor portuário, candidato pelo círculo eleitoral da ilha de São Miguel e pelo de compensação.
A coligação PCP/PEV, que tinha eleito um deputado há quatro anos não conquistou nenhum mandato, tendo obtido 1,68% (1.745 votos).
As legislativas dos Açores decorreram com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estavam inscritos para votar 228.999 eleitores. No total, são 10 os círculos eleitorais - um por cada ilha açoriana mais o círculo de compensação.
A abstenção foi de 54,58%, a segunda maior de sempre, mas inferior à taxa de abstenção verificada há quatro anos, segundo dados oficiais.
Em 2016, a abstenção nas eleições regionais açorianas atingiu 59,16%, um recorde absoluto nestes sufrágios, superando os 53,34% de abstenção em 2008, que era até então o valor mais elevado.
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