O eurodeputado Pedro Marques, natural do distrito de Setúbal e eleito para o Parlamento Europeu em maio passado, ilustrou o que chamou de estratégia do "vale tudo" com "o que fez com os professores", por dizer "que lhes dava tudo", dois dias depois dizer "que não lhes dava nada" e "no dia a seguir logo se veria".

Por outro lado, continuou, "levantou-se contra a justiça de tabacaria", mas, dias depois, "já estava a clamar e a fazer justiça na praça pública", tentando, na Assembleia da República, "promover os julgamentos que cabem nos tribunais portugueses".

Antes do arranque do comício na praça do Bocage, em Setúbal, foi pedido aos presentes que cumprissem um minuto de silêncio em memória de Diogo Freitas do Amaral, fundador do CDS e antigo ministro, que morreu hoje aos 78 anos.

Segundo Pedro Marques, nas eleições do próximo domingo, a "grande" vitória do PS será contraposta por "uma grande derrota da direita portuguesa", com o CDS "a caminho de ser outra vez relegado ao papel de partido do táxi".

"E o PSD, mesmo com o CDS neste estado, esta liderança de Rui Rio não consegue melhor do que jogar do que jogar para perder por poucos, do que jogar para não descer de divisão e ainda satisfeitos, quando outros marcam golos noutros campos, no últimos minutos do campeonato"

Nas palavras do eurodeputado, "é assim que se encontra a direita portuguesa", sendo também pela "falta de credibilidade do projeto da direita" que o PS vai ter "uma grande vitória", previu.