“Dia 24 de abril o Elétrico 24 regressa às ruas de Lisboa! Menos Carros Mais Carris”, lê-se numa publicação na página oficial da autarquia na rede social Facebook, publicada na sexta-feira à noite. A CML esclarece que o percurso irá iniciar-se em Campolide, passando pela Rua das Amoreiras, Jardim das Amoreiras, Rato, Rua da Escola Politécnica, Príncipe Real, Ascensor da Glória e Largo Trindade Coelho, finalizando “para já” na Praça Luís de Camões.

O Plano de Atividades e Orçamento da Carris (gerida pela Câmara de Lisboa desde fevereiro do ano passado) para 2018 previa a implementação da linha 24 com ligação do Cais do Sodré a Campolide.

O elétrico 24 começou a circular em 1905, ligando o Rossio a Campolide. Noventa anos depois, em agosto de 1995, a carreira foi provisoriamente suspensa, devido à construção de um parque de estacionamento em Campolide, que inviabilizava a circulação de elétricos, assim permanecendo até hoje.

Em 2015 foi lançada uma petição ‘online’ pela reativação daquela linha, que ligava o Cais do Sodré a Campolide, iniciativa da Plataforma Elétrico 24, que agrega várias associações de Lisboa.

Os peticionários defendiam a importância desta reativação referindo que “a linha de elétrico é a única linha que liga a zona ribeirinha do Cais do Sodré/São Paulo à ‘Sétima Colina’, trepando a Rua do Alecrim e da Misericórdia até à Igreja de S. Roque e Jardim de São Pedro de Alcântara e Príncipe Real, seguindo depois ao longo de toda a Rua da Escola Politécnica em direção ao Rato e às Amoreiras”.

Além disso, alegavam, “desde que a Carris suprimiu a carreira [de autocarro] 790, o eixo R.Alecrim/Misericórdia/Escola Politécnica está reduzido a uma única carreira (758), que, além de ser poluente e não cumprir horários, não tem conseguido dar resposta ao nível intenso de procura pelos passageiros”.

Em dezembro de 2011 a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma moção pela reposição do histórico elétrico 24 - Cais do Sodré/Campolide. Na altura, a Carris afirmou que o assunto não era “prioritário a curto prazo”.

Em abril do ano passado, o presidente da CML, Fernando Medina revelou que a autarquia estava “a instalar novos carris e novo material no Cais do Sodré e em Campolide” para poder reativar o elétrico 24 “o mais breve possível”.

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