Foram registados 47 surtos desde o início do desconfinamento nas escolas. Os números, divulgados pela DGS ao jornal Público, são relativos às duas semanas de atividade letiva presencial que decorreram entre 15 e 26 de março. Este valor representa cerca de metade dos 78 surtos que estavam ativos antes da interrupção das aulas presenciais, a 18 de janeiro.
De referir que nas primeiras duas semanas reabriram apenas as creches e estabelecimento de educação pré-escolar e do 1.º ciclo. O 2.º e 3.º ciclo regressou às escolas apenas na passada segunda-feira e o ensino secundário deverá voltar no próximo dia 19 de abril.
No que diz respeito a surtos em ambiente escolar, o valor mais elevado registado até ao momento foi de 94 surtos ativos, no mês de novembro.
Esta semana, o primeiro-ministro manifestou-se preocupado com a velocidade de transmissão das infeções de covid-19 nas escolas, confrontado com os dados que indiciam um aumento dos contágios entre crianças, sobretudo desde que reabriram as escolas em 15 de março,.
"Temos vindo a acompanhar muito de perto a situação. Como se recordam, houve uma testagem de todo o pessoal docente e não docente antes da abertura das creches, do pré-escolar e do 1º ciclo do básico. E, para um reforço do grau de proteção, está em curso uma vacinação massiva de todo o pessoal" docente e não docente de estabelecimentos de ensino, apontou.
No entanto, de acordo com o primeiro-ministro, há agora um dado novo. "Ao contrário do que aconteceu no primeiro período [deste ano letivo], é que, agora, em resultado desta nova variante [britânica], que tem maior transmissibilidade, em regra, quando é comunicado um caso e quando se faz a testagem generalizada, verificam-se logo outros casos", revelou António Costa.
Nesse sentido, segundo o primeiro-ministro, após a identificação de um caso com uma criança numa escola, "estão também a ser testadas as respetivas famílias".
"Temos de alargar o universo de vigilância porque, de facto, esta variante, como já tínhamos percebido no final de dezembro, faz aumentar muito significativamente os riscos de transmissão", acrescentou.
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