“Quanto mais cedo voltarmos aos nossos hábitos de consumo normais, mais rapidamente isto vai ser resolvido. Eu apelo ao público para que o faça. Em particular, não usem garrafas de água em bombas de gasolina: é perigoso e não ajuda”, disse hoje o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, citado pela agência Reuters.
Muitos postos esgotaram a gasolina e gasóleo nos últimos dias devido à corrida de milhares de condutores para encherem os tanques dos respetivos automóveis com receio da escassez.
A corrida ao abastecimento acelerou nos últimos dias, depois de várias petrolíferas terem anunciado o encerramento de alguns postos devido à dificuldade em abastecê-los, problema que atribuíram à falta de camionistas para conduzir os tanques desde as refinarias.
O caso forçou o Governo a considerar a formação de militares para conduzir camiões-tanque e garantir o abastecimento de postos de combustível se fosse necessário. Para já, o Exército está envolvido na realização de testes de condução a novos condutores de veículos pesados para aliviar a escassez de mão de obra que está na origem da falta de combustível em vários postos.
No entanto, Shapps disse hoje que “estamos a ver agora os primeiros sinais de estabilização no abastecimento dos postos, que ainda não estão a ser refletidos nas filas”. De acordo com a Reuters, são visíveis à data de hoje dezenas de postos de gasolina encerrados — e nos poucos em que há combustível as filas estendem-se.
Perante esta situação, associações de médicos e professores têm vindo a pedir prioridade para os trabalhadores essenciais devido ao potencial impacto nos hospitais e escolas.
O Governo negou que o ‘Brexit’ esteja na origem da falta de mão-de-obra nesta profissão, mas acabou por ceder e anunciar 5.000 vistos de trabalho temporários para atrair camionistas estrangeiros. Outro dos problemas é a paragem nas aulas de condução para condutores de pesados provocada pela Covid-19.
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