"O Governo português condena de forma veemente os ataques desta madrugada a Kiev, que causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da Embaixada de Portugal", disse Paulo Rangel, considerando ser "absolutamente inaceitável que qualquer ataque possa visar ou ter impacto em zonas de instalações diplomáticas".

Em comunicado, também o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou este ataque, confirmando que o mesmo causou "danos materiais em diversas missões diplomáticas".

O MNE diz também que o encarregado de negócios da Federação Russa "foi já chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal junto da Federação Russa".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, também criticou o ataque russo, deixando críticas ao presidente da Rússia.

#O desrespeito de [Vladimir] Putin [Presidente russo] pela lei internacional atingiu um novo patamar", escreveu no X.

Refira-se que a Rússia já confirmou o disparo de mísseis balísticos esta sexta-feira contra Kiev, tendo este ataque causado a morte de uma pessoa e ferimentos em outras nove.

"Segundo as primeiras informações, uma pessoa morreu", anunciou no Telegram o comandante militar da capital ucraniana, Sergiy Popko.

O militar acrescentou que as forças russas utilizaram mísseis Kinzhal e Iskander no ataque.

"Como consequência do ataque inimigo, duas pessoas foram hospitalizadas e destroços caíram em quatro áreas, incendiando carros e edifícios", declarou o autarca de Kiev, Vitali Klitschko.

Os ataques aconteceram um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitar qualquer possibilidade de trégua para o conflito, iniciado com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Durante a entrevista exibida na televisão, Putin propôs às potências ocidentais um "duelo de altas tecnologias do século XXI" entre o míssil russo "Oreshnik" e os meios de defesa antiaérea da Ucrânia.