“[…] A medida urgente e eficaz é a fixação de preços dos combustíveis”, indicou no Twitter Catarina Martins.

Comentando o aumento do preço dos combustíveis em quatro pontos, a coordenadora do BE alertou que “o preço da energia, incluindo do petróleo, está a subir”, devido, além de outras razões, às sanções impostas à Rússia pela ofensiva militar na Ucrânia.

“Cada país pode e deve tomar medidas que atenuem este impacto”, realçou, sustentando que “a subida do petróleo empurra o preço dos combustíveis” e que “subir é imediato e alerta para a especulação e cartelização do setor”.

Para Catarina Martins, outra medida possível é a descida do ISP.

“O Estado ganha receita fiscal com o aumento dos preços. Tem margem para esse ajuste”, salientou.

A líder bloquista lembrou ainda que o aumento dos combustíveis “não é sinónimo de transição climática”.

“Isso exige outra energia e mobilidade. Desde logo, mais e melhores transportes coletivos. A resposta climática não acontecerá sem investimento e sem justiça social”, concluiu.

O Governo anunciou na sexta-feira à noite um conjunto de medidas avaliadas em mais de 165 milhões de euros e destinadas a mitigar o impacto deste agravamento dos combustíveis, entre as quais a subida do desconto no Autovoucher de cinco para 20 euros e a manutenção, até 30 de junho, da redução do ISP na gasolina e no gasóleo e do congelamento da taxa de carbono.

Ainda anunciado foi o prolongamento por mais três meses do apoio dado a táxis e autocarros (pagando agora 30 cêntimos por litro de combustível, em vez dos atuais 10), a atribuição de 150 milhões de euros da receita do Fundo Ambiental ao sistema elétrico nacional para baixar a tarifa de acesso às redes e o aumento do apoio individual para a aquisição de veículos elétricos de três para quatro mil euros, enquanto o montante anual subirá, este ano, para 10 milhões de euros.