Um ataque com drones já reivindicado pelos rebeldes iemenitas Huthis provocou hoje incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco no leste da Arábia Saudita, foi anunciado.

Segundo a Associated Press, o ataque de drones atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vulnerável para o fornecimento global de energia.

O ataque, provavelmente, aumentará ainda mais as tensões no Golfo Pérsico, entre os Estados Unidos da América (EUA) e o Irão, devido ao acordo nuclear com as potências mundiais.

Martin Griffiths exortou hoje todas as partes a "prevenir outros incidentes, que representam uma séria ameaça à segurança regional, complicam a situação já frágil e comprometem a política liderada pela ONU".

Um porta-voz militar dos rebeldes Huthis reivindicou o ataque de drones a duas grandes instalações de petróleo na Arábia Saudita.

Yahia Sarie fez o anúncio num discurso televisivo que foi transmitido pelo canal de notícias por satélite dos Huthis Al-Massira.

O porta-voz disse que os Huthis enviaram 10 drones para atacar uma instalação de processamento de petróleo em Buqyaq e no campo de petróleo de Khurais.

A televisão dos Huthis reivindicou hoje "uma operação de envergadura contra refinarias em Abqaiq e Khurais" na Arábia Saudita, país cujas forças estão comprometidas com o poder no Iémen contra os rebeldes.

O ataque perpetrado com drones provocou incêndios em duas instalações petrolíferas da Aramco situadas em Abqaiq e Khurais.

"Às 04:00 locais (02:00 em Lisboa) equipas de segurança da Aramco intervieram para apagar incêndios em duas instalações", indicou o Ministério do Interior saudita, maior exportador mundial de petróleo.

"Os dois incêndios foram apagados", adianta o ministério, sem precisar a origem dos drones nem se houve vítimas ou suspensão das operações.

O ministério disse ainda que está a proceder a investigações.

Os Huthis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com drones contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen em guerra desde 2015.

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