“A decisão da administração norte-americana de enviar projéteis de urânio empobrecido para Kiev é um sinal claro de desumanidade”, escreveu a embaixada russa em Washington, na plataforma de mensagens Telegram.
Para a Rússia, “Washington, obcecado com a ideia de infligir uma ‘derrota estratégica’ à Rússia, está pronto para lutar não só até ao último ucraniano, mas também para acabar com as gerações futuras”.
Moscovo acusou os EUA de “transferir deliberadamente armas com efeitos indiscriminados” para a Ucrânia.
A embaixada argumentou que as explosões destas munições provocam “uma nuvem radioativa em movimento e pequenas partículas de urânio depositam-se nas vias respiratórias, nos pulmões e no esófago, acumulam-se nos rins e no fígado, provocam cancro e levam à inibição das funções de todo o organismo”.
“É justo olhar para a ‘pegada de urânio’ dos norte-americanos no Iraque e nos Balcãs, onde milhares de civis sofreram de cancro”, salientou.
A Rússia alegou que os EUA estão a “iludir-se a si próprios” ao fornecerem tais munições à Ucrânia, uma vez que “se recusam a aceitar o fracasso da chamada contraofensiva” das tropas ucranianas no leste e no sul do país, onde Kiev afirma que houve progressos.
“O curso da operação militar especial não vai mudar: o exército russo vai continuar a esmagar metodicamente as armas enviadas” ao governo de Kiev, sublinhou a embaixada, referindo-se à invasão russa da Ucrânia.
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