“Os europeus devem estar unidos e solidários na luta contra o terrorismo, venha ele de onde vier. O terrorismo nunca vence nem nunca vencerá”, afirmou o Rei Filipe VI, que presidiu à cerimónia nos jardins do Palácio Real na capital espanhola.

“O triunfo da democracia sobre o terrorismo é o triunfo da liberdade e da razão, o triunfo das vítimas, o triunfo de todos nós”, acrescentou Filipe VI perante uma assistência em que pontificavam as mais altas autoridades do Estado, mas também personalidades estrangeiras.

O “11 de março” foi escolhido pela União Europeia (UE) para comemorar o Dia Europeu das Vítimas do Terrorismo, dia em que, em 2004, ocorreram os atentados à bomba em quatro comboios na estação madrilena de Atocha.

Perpetrados por elementos que alegaram terem agido em nome da Al-Qaida, devido à participação da Espanha na coligação militar que invadiu o Iraque em 2003, os atentados provocaram 191 mortos e cerca de 2.000 feridos.

Dois adolescentes nascidos no dia dos ataques, um menino e uma menina, abriram a cerimónia com a leitura do preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Além de Felipe VI, falaram também dois familiares das vítimas: Tomás Caballero Martínez, espanhol cujo pai foi morto em 1998 pela organização separatista basca ETA, e Philippe Vansteenkiste, cuja irmã morreu nos atentados de Bruxelas em 2016, reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

A efeméride foi também assinalada noutras cerimónias em Madrid, incluindo uma cerimónia organizada pela Comissão Europeia (CE).

Na estação de Atocha, centenas de madrilenos colocaram flores e soltaram balões brancos em memória das vítimas, o mesmo sucedendo no Parque do Retiro, organizada pela Associação das Vítimas do Terrorismo.