Na sua conta na rede social Twitter, Donald Trump adiantou que a troca de prisioneiros “pode ser o primeiro passo de gigante para a paz”, felicitando os dois países em conflito há cinco anos.
“É uma notícia muito boa”, acrescentou.
Também o enviado norte-americano para as negociações ucranianas, Kurt Volker, se mostrou “muito satisfeito por ver os soldados ucranianos de regresso a casa e a troca de prisioneiros Ucrânia – Rússia”.
Na sua conta na rede social Kurt Volker, disse ainda esperar que esta medida “contribua para uma nova dinâmica para outras trocas de prisioneiros, um renovado cessar-fogo e progressos na implementação completa dos acordos de Minsk”, assinados em 2015.
O processo de troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, hoje posto em marcha, envolveu 70 pessoas, segundo indicou fonte governamental da Ucrânia.
Citada pela AFP, a mesma fonte indicou que 35 pessoas de cada uma das partes integram esta troca de prisioneiros que era aguardada pela Ucrânia.
Estes números incluem os 24 marines ucranianos capturados no ano passado pela Rússia, segundo indicou o advogado que representa os militares.
Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a conclusão para breve de uma troca “em grande massa” de prisioneiros com a Ucrânia, uma medida que assinala um declínio nas tensões entre os dois países.
“Estamos a aproximar-nos da finalização das negociações”, indicou Putin no Fórum Económico do Oriente, acrescentando que “a troca será em grande massa” e que a sua data “será conhecida em breve”.
“Será uma normalização completa das nossas relações. É inevitável. Somos duas partes da mesma pessoa”, referiu o Presidente russo.
Dois autocarros foram vistos a sair hoje da prisão de alta segurança de Lefortovo, em Moscovo, marcando o início desta troca de prisioneiros entre os dois países. As imagens foram transmitidas em direto pela televisão estatal russa.
Em julho, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs à Rússia trocar o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, condenado a 20 anos de prisão por Moscovo, pelo jornalista Kirill Vyshinskiy julgado por “alta traição” em Kiev.
No entanto, no passado dia 28 de agosto, um tribunal ucraniano libertou o jornalista Kirill Vyshinskiy, que estava detido há mais de um ano.
Kirill Vyshinskiy, de dupla nacionalidade ucraniana e russa, coordenador da redação de Kiev da agência estatal russa RIA-Novosti, estava detido desde que tinha sido julgado e condenado por acusações de traição, em maio de 2018, tendo agora saído em liberdade condicional.
Vários meios de comunicação e autoridades ucranianas avançaram nas últimas semanas que a troca de prisioneiros – cerca de trinta de cada lado – entre Moscovo e Kiev, a primeira em vários anos, poderia ser realizada em breve e incluir os 24 marinheiros ucranianos detidos na Rússia, após um incidente naval em novembro passado.
O conflito entre os dois países intensificou-se em 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia. Desde então, dezenas de ucranianos e de russos foram detidos por acusações de traição ou de incitamento ao separatismo.
Desde quarta-feira que Vladimir Putin, Presidente da Rússia, Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, Narendra Modi, Presidente da Índia e Mahathir Mohamad, primeiro-ministro da Malásia, participam no Fórum Económico do Oriente que decorre em Vladivostok e que termina na sexta-feira.
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