Donald Trump escreveu muito na sua conta no Twitter que os preparativos para o evento já começaram e que este é “um grande dia para Israel”.
O líder norte-americano sublinhou ainda que o canal de televisão Fox, do qual é um fiel telespetador, transmitirá a cerimónia em direto.
Ivanka Trump e Jared Kushner, a filha mais velha e o genro do Presidente dos Estados Unidos – que são também seus conselheiros -, vão participar com centenas de dignitários de ambos os países numa cerimónia a partir das 16:00 (hora local, 14:00 horas em Lisboa).
Em Washington, Donald Trump vai participar por mensagem de vídeo durante esta cerimónia.
O reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e a transferência da embaixada, instalada até agora em Telavive, foram anunciados pelo Presidente dos Estados Unidos a 06 de dezembro, em consonância com a sua promessa de campanha, mas quebrando décadas de consenso internacional.
Esta transferência coincide com o 70º aniversário do estabelecimento do Estado de Israel.
A par, dezenas de palestinianos foram mortos hoje na Faixa de Gaza por tiros dos soldados israelitas na fronteira, onde milhares de pessoas estão a protestar contra a transferência para Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos, segundo o Ministério da Saúde local.
Mudança da embaixada dos EUA é uma decisão "sem visão", segundo Moscovo
A Rússia criticou hoje a decisão do Presidente dos Estados Unidos de transferir a embaixada norte-americana para Jerusalém, afirmando tratar-se de uma medida "sem visão" que irá alimentar ainda mais as tensões entre Israel e os palestinianos.
A declaração foi feita pelo 'número dois' da diplomacia russa, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, em declarações à agência noticiosa russa Interfax.
À Interfax, o vice-ministro russo reforçou que a decisão da administração Trump "vai contra a posição da maioria da comunidade internacional".
O representante da diplomacia russa culpou ainda os Estados Unidos pela "grave escalada em torno de Gaza", advertindo que a transferência da embaixada norte-americana "poderá desencadear confrontos em grande escala entre palestinianos e israelitas e provocar um número crescente de vítimas".
Este aviso de Moscovo surge numa altura em que já estão contabilizados mais de 15 mortos e várias centenas de feridos em violentos confrontos registados hoje junto à fronteira com Gaza, onde milhares de pessoas se manifestam contra a transferência da embaixada norte-americana.
A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.
Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.
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