“Basicamente, procedemos à leitura de temperaturas, que são feitas pelos alunos diariamente, a par do grau de nebulosidade e dos valores de queda de precipitação e da água”, disso hoje à agência Lusa a professora de Geografia Lorena Freitas, uma das três docentes que coordenam o projeto no estabelecimento de ensino.
O programa “Globe”, que significa Aprendizagem Global e Observações para Beneficiar o Meio Ambiente, conta, além da Agência de Aeronáutica e Espacial (NASA), com o envolvimento da Fundação Norte-americana para a Ciência, sendo suportado pela Agência Nacional Atmosférica e Oceânica e pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.
O “Globe”, implementado à escala global, é um programa internacional de ciência e educação que disponibiliza aos alunos e ao público a oportunidade de participarem na recolha de dados e num processo científico, visando contribuir para o entendimento do planeta e do ambiente.
Lorena Freitas explicou que no estabelecimento de ensino, que não possui uma estação meteorológica mas sim um abrigo meteorológico, os alunos estão “muito motivados” por recolherem elementos que vão ser trabalhados pela NASA e que podem vir a ser utilizados também na leitura das alterações climáticas por parte dos norte-americanos.
“Os alunos gostam muito do aspeto prático do projeto. Este é muito importante para eles e para a escola, que nos projeta”, declarou a docente.
Lorena Freitas adiantou que já teve a oportunidade de levar um grupo de alunos a Lisboa para divulgação do programa “Globe”, tendo também trabalhado no âmbito deste programa em parceria com uma escola da República Dominicana, envolvendo cientistas.
Segundo a responsável, o embaixador norte-americano em Lisboa, Robert Sherman, esteve em outubro na Escola Secundária das Laranjeiras, onde entregou certificados aos cerca de 20 alunos, do 7.º ao 9.º ano escolaridade, envolvidos no projeto “Globe”, que integra também outros estabelecimentos de ensino no país.
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