A "nova telescola", que agora terá o nome de #EstudoEmCasa, vai ocupar a grelha das 9h00 às 17h50, de segunda a sexta-feira, com conteúdos organizados por anos letivos.

Os conteúdos pedagógicos estão agrupados por: 1.º e 2.º anos, 3.º e 4.º anos, 5º e 6.º anos, 7.º e 8.º anos e 9.º ano.

Veja aqui a grelha de programação.

À exceção das aulas de educação artística, que se destinam a todos os alunos, a grelha está organizada por escolaridade e a parte da manhã está reservada às aulas do 1.º ao 6.º ano, enquanto os conteúdos para os alunos do 7.º ao 9.º ano são transmitidas à tarde.

Os diferentes anos são agrupados em grupos de dois e, por isso, os alunos do 1.º ano vão partilhar a matéria com os alunos do 2.º ano, à semelhança dos alunos dos 3.º e 4.º anos, 5.º e 6.º anos e 7.º e 8.º anos, sendo a exceção as aulas do 9.º ano.

A programação vai incluir disciplinas como Educação Física, Literatura, Alemão, Francês e Espanhol até 30 minutos diários de iniciação ao Português para falantes não-nativos. Já os alunos 1.º ciclo vão ter trinta minutos semanais de leitura e para os 5.º e 6.º vai haver “oficina de escrita”.

A cidadania é transversal a todos os anos de escolaridade e vai ser abordada no contexto de várias disciplinas, como Estudo do Meio, História, Geografia ou Ciências Naturais.

Em comunicado, o Ministério da Educação explica que a emissão do #EstudoEmCasa na RTP Memória vai permitir alcançar a generalidade dos alunos, ultrapassando alguns dos constrangimentos no acesso ao ensino que têm sido denunciadas por pais, professores e diretores escolares ao longo das ultimas semanas.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que, até ao 9.º ano, todo o terceiro período prosseguirá com ensino à distância, com avaliação, mas sem provas de aferição nem exames, mantendo-se os apoios às famílias com filhos menores de 12 anos.

António Costa adiantou que, "de modo a ter o alcance mais universal possível, estas emissões diárias [de ensino à distância] serão transmitidas, a partir do dia 20, no canal RTP Memória, que é acessível não só por cabo ou satélite, mas também através da TDT".

As aulas através da televisão, neste caso da RTP Memória, foram a via encontrada pelo Ministério da Educação para ultrapassar os constrangimentos resultantes das medidas para evitar a propagação da pandemia covid-19.

A marca escolhida para esta iniciativa, que resulta num "desafio tremendo" para toda a equipa envolvida, é #EstudoEmCasa, referiu à Lusa o diretor da RTP Memória, Gonçalo Madaíl.

O desenho criativo do canal #EstudoEmCasa, tal como o grafismo e a identidade televisiva foi desenhada pela equipa da RTP Memória e do Centro de Inovação, referiu.

Marcelo apoia proposta do Governo para conclusão do ano escolar

O Presidente da República manifestou hoje apoio à proposta do Governo para conclusão do ano escolar, considerando-a "uma proposta honesta, possível", e realçando que evita passagens administrativas, que no seu entender seriam “a pior solução de todas".

"Quero aqui apoiar a proposta apresentada ontem [quinta-feira] e hoje pelo senhor primeiro-ministro e pelo senhor ministro da Educação, muito trabalhada em diálogo com professores e com pais", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.

"Foi uma proposta honesta, possível, para minorar custos que todos sabemos que inevitavelmente existem", acrescentou.

O chefe de Estado defendeu que "não há propostas ideais nestas circunstâncias, não há propostas perfeitas, não há como ter uma recuperação integral do tempo perdido, não há como evitar desigualdades entre crianças e entre famílias, não há como encontrar a melhor forma de avaliação da matéria à medida do que seria normal num ano letivo normal".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, no atual contexto de pandemia de covid-19, "o que se procurou foi a solução possível, a mais próxima do possível, e no meio de muitas incertezas", para os ensinos básico e secundário.

Referindo-se ao ensino secundário, realçou que "a solução encontrada aponta tendencialmente para aulas presenciais de um número limitado de alunos que tem exames nacionais, para que seja possível tentar realizar esses exames nacionais, evitando passagens administrativas". Esta, acrescentou, "seria a pior solução de todas".

"Mas todos sabemos que isso depende evolução do surto, e por isso o senhor primeiro-ministro e o senhor ministro da Educação disseram realisticamente: só no final de abril se poderá fazer uma avaliação, que irá sendo continuada ao longo do mês de maio, com objetivos que são no fundo salvar o que se possa salvar da melhor maneira possível do ano letivo, mas dependendo de condicionalismos que nenhum de nós pode prever neste momento", ressalvou.

[Notícia atualizada às 17h46]

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