O oitavo dia de campanha de Marisa Matias começou no Porto, na Escola Básica e Secundária do Cerco, para um encontro com seis precárias do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo, no final, sido questionada pelos jornalistas sobre o agravamento da situação pandémica em Portugal, com uma enorme pressão sobre os hospitais e avisos de vários especialistas.
“Houve uma falta de preparação em relação ao que aí vinha e nós já sabíamos – não porque eu tenha capacidades de adivinhar o futuro – mas porque havia muitas análises de muitos especialistas, de muitos peritos em saúde pública e em epidemiologia que nos avisavam já que ainda havia momentos muito difíceis pela frente e um agravamento em vários momentos da pandemia”, lamentou.
Na perspetiva da recandidata presidencial apoiada pelo BE, “as autoridades em Portugal falharam e os poderes públicos falharam na preparação do que estava para vir e na garantia dos apoios para que as pessoas pudessem continuar a cumprir esse isolamento”.
“Eu não acredito em milagres, eu acredito na vontade política e na nossa capacidade de dar resposta às necessidades e acredito na nossa capacidade também, enquanto país, de todos e todas juntos ultrapassarmos estes momentos tão difíceis”, respondeu, quando questionada sobre se a ideia de um “milagre português” na primeira vaga contribuiu para algum relaxamento agora.
Para Marisa Matias, “uma intervenção política permanente exige também medidas permanentes e constantes” que deem condições às pessoas e garantia “de que não vão ficar sem rendimento”.
“É isso que faz uma resposta completa, não é uma obra de milagre. É obra da política e da intervenção política e da intervenção pública”, defendeu.
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