Haines destacou que não estava a sugerir que os americanos que saem às ruas contra Israel ou contra a política de Washington em relação ao conflito sejam desonestos ou estejam sob as ordens do Irão, mas afirmou que Teerão está a intensificar os protestos.
"Nas últimas semanas, agentes do governo iraniano têm tentado explorar de forma oportuna os protestos em curso relacionados à guerra em Gaza, usando um esquema que já vimos outros atores usarem ao longo dos anos", disse Haines em comunicado.
"Observamos agentes ligados ao governo do Irão a fazer-se passar por ativistas online, tentando encorajar os protestos e até mesmo fornecendo apoio financeiro aos manifestantes", acrescentou.
"A liberdade de expressar opiniões diversas, quando feita de forma pacífica, é essencial para a nossa democracia, mas também é importante alertar sobre atores estrangeiros que tentam explorar os nossos debates para os seus próprios fins", concluiu.
O Irão é um dos principais apoiantes do grupo islamista palestiniano Hamas, cujo ataque massivo contra Israel em 7 de outubro desencadeou uma intensa ofensiva israelita na Faixa de Gaza, com sérias consequências humanitárias.
Os protestos contra o conflito multiplicaram-se em dezenas de universidades dos Estados Unidos entre abril e maio, com estudantes exigindo que os centros de ensino cortem os seus vínculos, diretos ou indiretos, com instituições israelitas e fabricantes de armas.
Veículos de imprensa iranianos apoiados pelo Estado aproveitaram esse movimento pró-palestinianos para acusar Washington de hipocrisia na repressão a algumas das manifestações, que resultaram em milhares de detidos. O Irão, arqui-inimigo dos Estados Unidos, é frequentemente acusado pelo Ocidente de tentar silenciar vozes críticas.
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