"O decreto para a Síria foi assinado", afirmou um porta-voz do Pentágono, sem fornecer mais detalhes.
Donald Trump anunciou na quarta-feira que ia ordenar a retirada dos cerca de dois mil militares destacados na Síria, que combatem ao lado da coligação árabe-curda, as Forças Democráticas Sírias (FDS), contra o grupo extremista Estado Islâmico.
O Presidente, adversário de longa data da presença norte-americana num conflito que considera dispendioso, disse que as tropas norte-americanas já não eram necessárias por considerar que o Estado Islâmico foi "largamente derrotado".
Contudo, a retirada deixará a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG) sem apoio militar, já que a Turquia ameaça atacá-los, considerando os combatentes curdos como terroristas.
A decisão foi criticada por numerosos especialistas, que frisam que o grupo extremista islâmico continua a controlar uma série de aldeias ao longo do rio Eufrates, no leste da Síria, onde resistem há semanas a ataques sucessivos das FDS.
Alemanha, França e Reino Unido, aliados dos Estados Unidos, já tinham manifestado a sua preocupação com o anúncio da retirada.
Por sua vez, o secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, apresentou memso a demissão.
Mattis, talvez o mais respeitado membro do Governo de Trump em assuntos de política externa, sai do cargo no final de fevereiro, depois de dois anos tumultuosos em que procurou moderar e conter as constantes mudanças de política por parte do Presidente.
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