Novas estimativas do órgão estatal de saúde pública para o controlo de doenças [CDC] mostraram esta quinta-feira, 16 de agosto, que as mortes por overdose aumentaram em 2017 quase 7%, para um recorde de 71.568, muito mais que os óbitos por acidentes de trânsito, relacionados com armas de fogo ou suicídios.
Nos Estados Unidos, foram registados 67.114 casos de mortes por overdose em 2016 e um pouco mais de 54.207 no ano anterior, segundo o CDC.
As mortes aumentaram em 38 dos 50 estados do país. A maioria das mortes aconteceram na Flórida, Califórnia, Pensilvânia e Ohio.
Os aumentos maiores, em termos percentuais, aconteceram na Carolina do Norte, com um aumento de 22,5%, e em Nebraska, com uma subida de 33,3%.
A epidemia de overdose por drogas nos Estados Unidos começou no início da década de 2010, principalmente vinculada à prescrição excessiva de Oxycontin e outros analgésicos legais, fazendo com que mais de dois milhões de pessoas se viciassem.
Nos últimos três anos, as autoridades tomaram medidas enérgicas contra a venda de analgésicos receitados e os utilizadores viram-se obrigados a recorrer a heroína e fentanil, mais barato e muito mais potente.
As estatísticas mostram que os opioides sintéticos como o fentanil estão implicados em quase metade das mortes por overdose, em comparação a aproximadamente um terço há apenas um ano.
O presidente Donald Trump declarou o problema como uma emergência nacional de saúde pública no ano passado.
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