António Costa assumiu esta posição depois de ter visitado a multinacional Cisco, em Silicon Valley, na Califórnia, Estados Unidos da América, após ser questionado pelos jornalistas se acredita na desnuclearização da Coreia do Norte na sequência do encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un.

"O facto de a cimeira ter existido já é positivo, porque quando duas partes começam a falar é um primeiro passo para a diminuição da tensão. Os sinais aparentam que esta cimeira acabou melhor do que a do G7, o que é um cenário positivo", disse, numa alusão às divergências verificadas entre os Estados Unidos e os restantes seis países desta organização.

Em relação ao resultado da cimeira de Singapura, o primeiro-ministro referiu que a declaração final, "por muito genérica que seja no que respeita à desnuclearização, é obviamente uma boa notícia para todos os que estão preocupados com a segurança mundial".

"Não vamos ter um excesso de expetativas, mas o simples facto de ter havido um encontro concluído de forma harmoniosa é um bom sinal para o mundo. Espero que este caminho prossiga e que seja o primeiro passo de muitos encontros", disse.

Interrogado se este princípio de acordo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte poderá agravar as tensões da administração norte-americana com o Irão, António Costa recusou que se possa "contrapor" os dois processos.

"O acordo com o Irão é importante, estava a ser respeitado e deve ser respeitado, essa é a posição da União Europeia", sublinhou, defendendo que "é bom que haja desnuclearização na Coreia do Norte, mas também no conjunto do mundo".

"Se lamentamos que tenha existido um passo errado numa das áreas, é bom que tenha havido um passo positivo em outra área do mundo", acrescentou o primeiro-ministro.

Os líderes dos EUA e da Coreia do Norte acordaram hoje a "total desnuclearização" da península coreana, com Donald Trump a passar a imagem de uma reunião de sucesso.

Na declaração inicial, Trump disse que deu "garantias de segurança" à Península coreana e que em troca recebeu a promessa de total desnuclearização do programa de armamento norte-coreano, considerando que as negociações correram "muito bem", mas avisando que o processo é longo e que deverá ser necessário um segundo encontro com o seu homólogo norte-coreano.

[Notícia atualizada às 20:28]

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