Em comunicado, a porta-voz do departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert, vinca que a Rússia “violou os compromissos” que tem para com as Nações Unidas e “atraiçoou” a convenção sobre as armas químicas ao “proteger incondicionalmente” Bashar al-Assad.
“A proteção do regime de Assad por parte da Rússia e a sua incapacidade para impedir o uso de armas químicas na Síria está a levantar dúvidas sobre o seu compromisso em responder à crise global e às necessidades de não-proliferação”, acrescenta a responsável.
Heather Nauert salienta que a Rússia, com o seu “inquestionável apoio ao regime [sírio], é em última instância responsável por estes ataques brutais, que atingiram vários civis e sufocaram comunidades vulneráveis da Síria com armas químicas”.
Pelo menos 40 pessoas morreram num ataque químico contra a cidade de Douma, o último bastião rebelde nos arredores de Damasco, na Síria, anunciou uma organização não-governamental (ONG).
Assegurando que os Estados Unidos estão a acompanhar este ataque, a porta-voz falou num “número potencialmente alto de vítimas”.
“Se se confirmarem estes números chocantes, deve haver uma resposta imediata da comunidade internacional”, adiantou.
Segundo os Capacetes Brancos, ONG dedicada ao resgate de vítimas das zonas sob controlo dos rebeldes, pelo menos quarenta pessoas morreram, apresentando fotos das vítimas, entre elas várias crianças, e acrescenta que centenas de pessoas foram afetadas pelo ataque e denunciou a carência de estruturas médicas na cidade.
Por sua vez, outra ONG, o Observatório Sírio de Direitos Humanos assegurou que pelo menos 11 pessoas sofreram sintomas de asfixia, depois de um bombardeamento aéreo na periferia norte de Douma, nas proximidades do Cemitério Antigo.
A agência oficial síria, SANA, negou qualquer responsabilidade das forças sírias e assegurou que "as denúncias do uso de substâncias químicas em Douma são uma tentativa clara de impedir o progresso do exército", que na sexta-feira iniciou uma ofensiva contra os rebeldes naquela zona.
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