Até agora, o número máximo de soldados a serem destacados para a tomada de posse do Presidente eleito foi estabelecido entre 10.000 e 15.000, muitos dos quais estiveram a na noite passada dentro do Capitólio, que a 6 de janeiro foi atacado por uma multidão violenta de apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump.
O Pentágono considera que o número de membros da Guarda Nacional destinados a reforçar a segurança na capital dos Estados Unidos deverá aproximar-se dos 30 mil, a que se adicionam os corpos da Polícia do Capitólio, da Polícia do Parque Nacional, da polícia local de Washington e dos Serviços Secretos, apesar de a cerimónia de investidura se realizar sem a presença de público, por razões sanitárias e de segurança.
“Acho que podemos esperar pouco mais de 20.000 funcionários da Guarda Nacional em todo o Distrito de Colúmbia (onde se situa a capital dos EUA)”, anunciou o chefe de polícia de Washington, falando dos militares a quem, a título excecional, foi autorizada a utilização de armas para garantir a segurança do Capitólio.
Segundo fontes do Departamento de Defesa, a dimensão das forças que serão necessárias na capital durante a cerimónia da tomada de posse dependerá das exigências dos Serviços Secretos, que é o corpo responsável pela segurança presidencial.
Neste momento, há 10.000 militares destacados para Washington, na próxima semana, o dobro de toda a atual presença militar dos EUA no Afeganistão.
Pela primeira vez desde a Guerra Civil (1861-1865), várias centenas de soldados foram alojados dentro do Capitólio, onde tiveram que dormir no chão de mármore e corredores, rodeados pela sumptuosidade da sede legislativa.
As autoridades de Washington foram forçadas a convocar unidades da Guarda Nacional de Maryland e da Virgínia, estados vizinhos, bem como uma força de reação rápida especializada em distúrbios.
Em 06 de janeiro, enquanto o Congresso se reunia para certificar a vitória eleitoral de Biden, uma multidão violenta invadiu o Capitólio, obrigando à interrupção de trabalhos por várias horas e provocando cinco mortes.
Trump está a ser responsabilizado por ter incitado esses apoiantes a invadir o Capitólio, o que lhe está a valer um processo de destituição que está a ser discutido na Câmara de Representantes.
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