O Comando Central do exército dos Estados Unidos (Centcom) disse que bombardeiros estratégicos B-52 Stratofortress tinham sido destacados na sua área de influência, que inclui o Médio Oriente.

O Centcom disse no sábado, na rede social X (antigo Twitter), que estes aviões bombardeiros tinham vindo da Base Aérea de Minot, no Dakota do Norte, estado do Centro-Norte dos EUA.

O bombardeiro B-52 com capacidade nuclear de longo alcance foi repetidamente destacado para o Médio Oriente em avisos pontuais ao Irão e é a segunda vez este mês que bombardeiros estratégicos são usados para reforçar as defesas dos EUA na região.

Horas antes, o líder supremo do Irão advertiu Israel e os Estados Unidos de que “receberão uma resposta esmagadora” pelas suas ações contra a República Islâmica e a aliança anti-israelita “Eixo da Resistência”.

“Os inimigos, tanto o regime sionista [Israel] como os Estados Unidos, receberão definitivamente uma resposta esmagadora pelo que estão a fazer contra o Irão e o povo iraniano e o Eixo de Resistência”, disse o ayatollah Ali Khamenei, numa reunião com milhares de estudantes na véspera do 45.º aniversário da tomada da embaixada dos EUA em Teerão em 1979, informou a IRNA.

De acordo com a agência de notícias oficial iraniana, Khamenei assegurou que “os representantes do povo iraniano não esquecerão a ação do inimigo”, referindo-se ao ataque de Israel, em 26 de outubro, contra alvos militares iranianos nas províncias de Teerão, Ilam e Khuzestan, que, segundo a versão iraniana, causou “danos limitados” aos sistemas de radar e a morte de um civil e quatro militares.

Os ataques de Israel foram uma resposta ao bombardeamento do Irão com cerca de 180 mísseis, em 01 de outubro, que foi uma retaliação pelos assassínios do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do Hamas, Ismael Haniyeh, em Teerão, em julho.

O New York Times noticiou na sexta-feira que Khamenei tinha ordenado ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão que se preparasse para um ataque a Israel porque os danos nas infraestruturas iranianas e as baixas eram “demasiado grandes para serem ignorados” e que “não responder seria aceitar a derrota”.

Também no sábado, dirigentes da Defesa dos EUA tinham dito à agência de notícias Associated Press que o secretário de Defesa norte-americano iria enviar bombardeiros adicionais e navios de guerra da Marinha para o Médio Oriente para reforçar a presença dos EUA na região.

Lloyd Austin ordenou que vários bombardeiros B-52, aviões-tanque e navios da Marinha fossem enviados para o Médio Oriente.