No debate que decorreu na Universidade do Minho, em Braga, participaram três cabeças de lista – Marisa Matias (pelo BE), Nuno Melo (pelo CDS-PP) e Marinho e Pinto (pelo PDR). A candidata Margarida Marques representou o PS, enquanto José Manuel Fernandes deu a cara pelo PSD e João Pimenta Lopes pela CDU.
Questionado sobre qual seria um bom resultado nas próximas eleições europeias, José Manuel Fernandes não hesitou na resposta.
“Um bom resultado é ganhar as eleições. E Portugal tem muito a ganhar em ter deputados influentes no Parlamento Europeu, como é o caso do Paulo Rangel”, o cabeça de lista social-democrata, e atual eurodeputado, salientou.
José Manuel Fernandes aproveitou também defender que a “iniciativa privada, as pequenas e médias empresas e o empreendedorismo”, apontando ser “evidente que é desta forma que se consegue ter melhor Estado social, melhores serviços públicos que, infelizmente, têm sido degradados em Portugal”.
Pela CDU, o eurodeputado João Pimenta Lopes defendeu que o seu partido “foi determinante na abertura de um caminho de recuperação, ainda que limitada e condicionada, de direitos e de rendimentos para o povo português”.
O comunista salientou também que, “para se continuar a fazer esse caminho será necessário o reforço da CDU, não só no Parlamento Europeu nas próximas eleições, mas também mais à frente, para a Assembleia da República, no dia 06 de outubro”.
Para Nuno Melo, “o CDS é hoje a única escolha para quem é de direita em Portugal” e, por isso, é “importante que o espaço político do centro-direita cresça, e neste espaço político o CDS cresça”, vincou.
Assim, um bom resultado para os centristas “será igualar, no mínimo, o resultado de 2009”, quando conseguiram eleger dois eurodeputados (tendo alcançado 8,37% dos votos), ainda que o cabeça de lista considere que, atualmente, “eleger dois eurodeputados implicada mais votos, com a mesma repartição”.
Pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias apontou como bom resultado “reforçar a representação naquele que é um contributo para melhorar a vida das pessoas no que é essencial”.
Considerando que os eleitores sabem o que os eurodeputados fizeram durante o último mandato, “não é preciso estar aqui com uma coisa de publicidade”, a cabeça de lista do BE salientou que “as pessoas precisam de gente que lhes dê garantias”.
“O Bloco tem dado, e precisamos de reforçar essas garantias” e “essa força”, vincou, notando ser necessário “ter essa força do lado da resolução dos problemas concretos das pessoas”.
“Um bom resultado é ter no Parlamento Europeu, mas a seguir às próximas eleições, um pilar de esquerda, centro-esquerda, trabalhista, progressista, social-democrata, que consiga, de facto, mudar a Europa”, advogou a candidata Margarida Marques.
Na opinião da socialista, a Europa deve estar “mais próxima dos cidadãos” e deve servir “mais os interesses dos cidadãos, com mais prosperidade e com mais proteção para todos os cidadãos da União Europeia que vivem, que residem e que procuram a União Europeia”.
Por seu turno, o eurodeputado Marinho e Pinto, que encabeça a lista do partido que fundou, o PDR, vincou que “o que era importante não União Europeia era afastar as forças políticas que têm dominado a União Europeia desde a sua fundação, e que têm dominado a vida política portuguesa desde a instauração da democracia”, referindo-se a PS e PSD.
“Eles prometem as soluções para tudo, mas eles são a causa dos problemas cujas soluções eles agora prometem. É preciso que os eleitores tenham a coragem de mudar”, notou, assinalando que “a política deve ser feita pelos cidadãos, devem os cidadãos poder intervir na política sem serem condicionados por estas camisas de forças que são os partidos, e que cada vez reivindicam para si mais privilégios”.
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