Pedro Marques falava aos jornalistas no Montijo, o concelho em que residiu durante a sua juventude, antes de iniciar uma arruada ao lado dos dirigentes socialistas Eduardo Cabrita (ministro da Administração Interna) e António Mendes (secretário de Estado dos Assuntos Fiscais).
Questionado sobre a entrada em cena de Paulo Portas e de Pedro Passos Coelho nesta campanha europeia, o "número um" dos socialistas reagiu: "É curioso que esses partidos, o PSD e o CDS, nos últimos dias, tenham trazido para a campanha esses líderes e esses protagonistas do passado".
"Num certo sentido, facilitam a minha campanha", sustentou.
Pedro Marques considerou depois que o ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ex-vice líder do executivo, Paulo Portas, são responsáveis por políticas de "cortes de rendimentos, nas pensões e de cortes nos subsídios de Natal e de férias, depois de terem dito em campanha que não o faziam.
"São responsáveis pelo enorme aumento de impostos e ainda pretendiam cortar pensões em 600 milhões de euros", completou.
Além de Passos Coelho e Paulo Portas, Pedro Marques defendeu que os cabeças de lista europeus do PSD, Paulo Rangel, e do CDS-PP, Nuno Melo, são "também protagonistas do passado, que aplaudiram esses cortes feitos pelo anterior Governo".
"O PSD e o CDS candidatam à presidência da Comissão Europeia quem pediu sanções contra Portugal com força máxima", afirmou, aqui numa referência ao alemão Manfred Weber, candidato do Partido Popular Europeu (PPE) à presidência da Comissão Europeia.
Nas declarações que fez aos jornalisitas, o cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu salientou o caráter "especial" do dia de hoje na sua campanha, porque está no Montijo, a sua terra.
"Está aqui a minha história de vida. Foi aqui que começou o político que sempre trabalhou para fazer coisas pela sua terra e pelo país. Estão aqui muitos amigos, colegas vereadores, colegas no Governo e deputados", disse.
Pedro Marques manifestou-se satisfeito com a sua campanha eleitoral, dizendo que tem falado sobretudo de Europa e, por outro lado, tem "resistido "às calúnias e até aos ataques de caráter" que disse estar a ser alvo, designadamente por parte do cabeça de lista do PSD.
"Não há votos fúteis, todos são importantes e não perco um segundo com essas calúnias. É uma campanha que tem os pés na terra e em vez de sobrevoar a campanha", declarou, numa nova crítica dirigida a Paulo Rangel que, na passada semana, sobrevoou de helicóptero territórios afetados pelos incêndios de 2017.
Pedro Marques procurou meter uma farpa na campanha do PSD, considerando que o presidente deste partido, Rui Rio, esteve desaparecido "uns dias"
"Não sei se isso teve a ver com as sondagens que foram sendo publicadas, mas esse é um problema do PSD", acrescentou.
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