Netanyahu é o líder israelita que se manteve mais tempo em funções, mas está enfraquecido devido à decisão da procuradoria-geral que o indiciou por três casos de corrupção e ainda pelo fracasso na formação em 2019 de um novo executivo de coligação.
A decisão de Saar constitui o primeiro desafio sério a Netanyahu, no poder há mais de uma década, e parece estar a garantir apoios importantes na base do Likud para as primárias de 26 de dezembro.
Antigo deputado e ex-ministro da Educação e dos Assuntos Internos em governos de Netanyahu, Saar é considerado um potencial e futuro herdeiro do atual primeiro-ministro. Mas enquanto outros potenciais candidatos parecem aguardar que o líder do Likud anuncie a sua resignação, Sarr optou por desafiá-lo quando ainda permanece em funções.
Netanyahu foi acusado em novembro pelo procurador-geral Avichai Mandelblit por suborno, fraude e abuso de confiança em três casos de corrupção. A lei israelita determina que qualquer ministro indiciado pode perder o cargo, exceto o primeiro-ministro.
Enquanto os diversos opositores de Netanyahu exigiram a sua demissão devido às graves suspeitas de corrupção, Sarr tem insistido que o partido necessita de um novo líder pelo facto de o primeiro-ministro em funções não ter conseguido formar um governo de coligação estável.
Na quinta-feira, os advogados de Natanyahu anunciaram que vai abandonar as pastas que acumula no executivo — Saúde, Agricultura e Diáspora — mas mantendo-se como chefe do governo.
O anúncio acontece um dia após os deputados israelitas terem aprovado a dissolução do parlamento e convocado novas legislativas para 2 de março, as terceiras no período de um ano.
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