Duterte afirmou na terça-feira ter recebido uma carta de demissão de Fidel Ramos, que foi Presidente entre 1992 e 1998, surgiu como aliado do novo líder mas recentemente classificou a sua administração como um “enorme desilusão”.
Duterte e Ramos divergiram no plano das relações com os Estados Unidos e na guerra interna ao crime, que fez mais de 4.000 mortos em quatro meses.
“Eu sei que ele é pró-ocidente. Ele é um militar que estudou lá [Estados Unidos]. Devem recordar-se que Ramos acabou os seus [estudos] em West Point. Ele realmente não quer lutar [contra os Estados Unidos]”, afirmou o chefe de Estado filipino, aos jornalistas.
Duterte nomeou Ramos como seu emissário para as relações com Pequim, que se deterioraram durante a presidência do seu antecessor devido a disputas de soberania territorial no Mar do Sul da China.
Ramos, de 88 anos, viajou para Hong Kong em agosto para um encontro com responsáveis chineses.
Contudo, o antigo Presidente não se juntou a Duterte na visita de Estado realizada no mês passado a Pequim.
Ramos disse esta semana à televisão GMA7 que resignava ao cargo porque tinha feito o que era necessário para melhorar as relações com a China.
No entanto, as declarações de Duterte apontam para um desacordo com Ramos, a quem agradeceu repetida e publicamente pelo apoio à sua candidatura presidencial.
Nas últimas semanas, Ramos criticou os ataques de Duterte aos Estados Unidos e as ameaças de acabar com a aliança militar entre as duas nações e foi um das poucas figuras políticas do país a reprovar claramente a mortífera campanha contra a droga lançada por Rodrigo Duterte.
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