O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy é suspeito no caso "escândalo da escuta".

O processo tem a sua origem em escutas ao telefone de Sarkozy, executadas por ordem judicial para esclarecer suspeitas de que teria recebido dinheiro do líder líbio Muammar Kadhafi (1960-2011) para financiar a campanha eleitoral de 2007.

As escutas revelaram também conversas entre o ex-presidente e o seu advogado sobre a necessidade de obter, através do juiz Azibert, informação sobre o processo sumário, em que acabou por se ilibado, que investigava o alegado financiamento ilegal da campanha de 2012 pela herdeira do império de cosmética L’Óréal, Liliane Bettencourt.

Em troca das informações, Sarkozy prometeu ao juiz interceder para que viesse a ocupar a um importante cargo judicial no Mónaco.

O julgamento, que se realizará de 5 a 22 de outubro, começará assim que os recursos de Sarkozy forem esgotados para evitar o processo.

Nicolas Sarkozy perdeu as eleições de 2012 para o socialista François Hollande e retirou-se da política em 2016, depois de ser derrotado nas primárias do seu partido, Les Républicains, para a candidatura à presidência.