O ex-governante voltou a declarar inocência no Supremo Tribunal, onde está a ser julgado.

Em julho, no tribunal de primeira instância, Najib negou também as três acusações de abuso de confiança, criticando o novo Governo de procurar “vingança política”.

Najib, de 64 anos, foi preso no início de julho por uma transferência suspeita de 42 milhões de ringgit (8,9 milhões de euros) para as suas contas bancárias a partir da SRC International, uma antiga unidade do fundo de investimento estatal que, segundo investigadores norte-americanos, foi desviado por associados de Najib.

Cada acusação de lavagem de dinheiro é punível com pena de prisão até 15 anos e uma multa que pode chegar até cinco vezes a quantia branqueada.

Najib criou o fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB) quando assumiu o poder em 2009 com o objetivo de promover o desenvolvimento económico, mas as irregularidades na gestão de fundos vieram a público pouco antes das eleições que colocaram fim a 60 anos da Frente Nacional (FN) no poder.

Em finais de junho, a polícia apreendeu bens avaliados em 273 milhões de dólares (233,8 milhões de euros), naquela que as autoridades acreditam ter sido a “maior apreensão na história da Malásia”.