Os Estados Unidos atacaram o território sírio na sexta-feira, em retaliação ao ataque com ‘drones’ que matou três soldados norte-americanos no final de janeiro numa base na Jordânia, perto da fronteira com a Síria.

Estes ataques dos EUA resultaram “na morte de vários civis e soldados, feridos e danos significativos”, segundo um comunicado de imprensa do exército sírio, parte integrante do Governo do Presidente do país, Bashar Al-Assad, aliado do Irão e da Rússia.

“A ocupação de certas partes do território sírio pelas forças norte-americanas não pode continuar”, referiu a nota, acrescentando a determinação do exército “em libertar todo o território sírio do terrorismo e da ocupação”.

Os Estados Unidos afirmaram na sexta-feira que realizaram ataques de retaliação bem-sucedidos contra as forças de elite iranianas e grupos pró-iranianos no Iraque e na Síria. A intervenção durou aproximadamente trinta minutos e foi “um sucesso”, afirmou a Casa Branca.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 18 combatentes pró-iranianos foram mortos no leste da Síria.

Cerca de 900 soldados norte-americanos estão destacados na Síria e 2.500 no Iraque, como parte de uma coligação internacional ‘antijihadista’ criada para combater o grupo Estado Islâmico (EI), quando este controlava áreas inteiras do território sírio e iraquiano.

A derrota do EI na Síria foi declarada em 2019 [e no Iraque em 2017], mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células terroristas que continuam a realizar ataques no país.

Desde meados de outubro, mais de 165 ataques com ‘drones’ e ataques de foguetes tiveram como alvo forças norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria, mas nenhum militar norte-americano foi morto, até ao ataque perpetrado em 28 de janeiro na Jordânia.