“Na manhã de 16 de agosto, um armazém militar na cidade de Dzhankoy, a capital do distrito com o mesmo nome, foi danificado em resultado de sabotagem”, disse o Ministério da Defesa numa declaração citada pela agência russa TASS.

As explosões no armazém danificaram várias instalações civis, incluindo uma linha de alta tensão, subestações elétricas, a linha ferroviária e várias casas, de acordo com o comando russo.

“Não há feridos graves. Estão a ser tomadas as medidas necessárias para remediar as consequências da sabotagem”, acrescentou o Ministério da Defesa, segundo a agência espanhola EFE.

O ministério não identificou os responsáveis pela sabotagem.

Num comunicado anterior, as autoridades russas disseram que o incidente ocorreu às 06:15 locais (04:15 em Lisboa).

Segundo o governador da Crimeia, Sergei Aksionov, que visitou o local, dois civis ficaram feridos e as autoridades evacuaram uma aldeia próxima por precaução.

Dzhankoy localiza-se a cerca de 90 quilómetros a norte de Simferopol, a capital da autoproclamada República da Crimeia, e próximo da Ucrânia.

O chefe da administração presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, saudou a ocorrência das explosões na Crimeia e prometeu a “completa libertação dos territórios ucranianos”, numa declaração na rede social Telegram, citada pela agência francesa AFP.

Também o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak se referiu ao incidente, escrevendo na rede social Twitter que “a manhã, perto de Dzhankoy, começou com explosões”.

“A Crimeia do país normal é sobre o Mar Negro, montanhas, recreação e turismo, mas a Crimeia ocupada por russos é sobre explosões de depósitos de munições e um alto risco de morte para invasores e ladrões”, acrescentou o conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky.

Este incidente surge uma semana após uma explosão de munições destinadas à aviação militar russa num depósito localizado no aeródromo militar de Saki, na Crimeia ocidental.

Estas explosões mataram uma pessoa e feriram outras.

A península ucraniana anexada por Moscovo tem estado na linha da frente da ofensiva militar russa contra o país vizinho, iniciada em 24 de fevereiro.

Os aviões russos descolam quase diariamente da Crimeia para atingir alvos em áreas sob o controlo de Kiev e várias áreas da península estão dentro do alcance das armas ucranianas.

Apesar do conflito, a Crimeia tem permanecido um importante destino de férias para muitos russos que continuam a desfrutar do verão nas suas praias.