O motivo concreto da suspensão não foi, porém, revelado. A publicação questionou o secretariado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, mas não teve resposta.
Uma notícia do jornal Público revelou no final de setembro Francisco Aguilar estava a causar polémica devido à conduta que escolhe para dar as suas aulas e, na sequência da notícia, a Faculdade abriu um processo de inquérito.
“Em relação aos recentes factos, dados a conhecer pelos órgãos de comunicação social, envolvendo o docente desta Faculdade professor Francisco Aguilar, a Direção da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa vem comunicar que, tornando-se necessário apurar a relevância disciplinar daqueles factos e a sua extensão, determinou a abertura de competente processo de inquérito”, lê-se na nota enviada à agência Lusa com data de 25 de setembro.
O professor que leciona algumas cadeiras do mestrado em Direito terá optado por temáticas controversas na altura de lecionar as unidades curriculares de Direito Penal IV e Direito Processual Penal III, encarando a “violência doméstica como disciplina doméstica”, comparando as mulheres a “pessoas desonestas, espertas e canalhas” e o feminismo ao nazismo.
O professor em causa foi também julgado por violência doméstica, em Lisboa, num processo em que estava acusado por uma ex-aluna com que terá tido uma relação entre 2015 e 2016, tendo sido absolvido.
A juíza considerou que o despacho de acusação do Ministério Público omitiu mensagens que a assistente enviou ao arguido.
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