"E este acordo, que foi redigido e negociado com a FNE e depois imposto às outras organizações sindicais para ser assinado, o que desrespeita as regras da negociação, deixa de fora 25 mil professores dos três escalões de topo da carreira", disse fonte da Fenprof esta terça-feira à noite ao SAPO24.

"Significa uma facada na confiança que podíamos ter no ministro da Educação. Para que seja recuperada, o ministro tem de dar provas de que é merecedor disso”, disse Mário Nogueira aos jornalistas, à saída da reunião negocial.

"O acordo tem pontos positivos. Tendo esses pontos sido conseguidos, com a luta dos professores, onde esses 25 mil também estiveram, a FENPROF não pode agora dizer, olha, temos pena, tiveram azar, vocês agora ficam de fora", enumerou fonte da Fenprof SAPO24. "Portanto, não vai assinar este acordo conforme está e conforme foi acordado ou negociado com a FNE".

Apesar disso, a Fenprof explicou ao SAPO24 que "isto não implica que não se assine uma ata de negociação, onde a Fenprof assinale os pontos positivos, que foram fruto da luta dos professores desde o primeiro dia, e, onde se assinalem também os pontos com os quais não concorda e que não estão definidos neste projeto ou processo de recuperação do tempo de serviço".

Agora, no plenário de amanhã, a Fenprof "vai apresentar os resultados da reunião, explicar o que está na proposta do Governo, do acordo que foi assinado com a FNE e porquê de não o ter assinado, tentando perceber o que é que os professores querem fazer designadamente no que diz respeito ao pedido de negociação suplementar que, ao que tudo indica, será o próximo passo".

De recordar que hoje decorreram as negociações finais entre a Federação Nacional de Educação e o Governo, tendo estes chegado a acordo sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores. Apesar disso, sete das doze organizações sindicais representativas dos professores não concordaram com e não assinaram este acordo.