“Temos de voltar em setembro com a força toda que temos usado até agora. Vamos começar no primeiro dia de aulas e tudo faremos para que não haja aulas ao abrigo da lei sindical, não com greve, não com mais esforço financeiro, [mas] com plenários e reuniões no país inteiro, com a distribuição de um texto à população”, anunciou Mário Nogueira perante umas dezenas de manifestantes.
Uma luta que continuará, avisou o sindicalista, na semana do 05 de outubro, Dia Mundial do Professor, “com uma semana de greve de segunda a quinta, porque sexta-feira é feriado” ainda que o “modelo da greve ainda não esteja definido”.
“Não estivemos ainda a ver se será greve de quatro dias para todos, ou se será outro modelo, mas essa é a semana decisiva na negociação entre os partidos e o Orçamento de Estado para 2019, porque aí tem de estar a verba para o primeiro momento da recuperação do tempo de serviço”, avisou.
Mário Nogueira discursava numa manifestação agendada para aguardar a chegada da secretária de Estado Adjunta e da Educação ao município de São Pedro do Sul, para assinatura de um protocolo.
Alexandra Leitão antecipou, no entanto, a sua presença, ato que o sindicalista considerou como “covarde”.
“Pena é que tenhamos governantes que, como vemos hoje, têm nos genes a covardia política”, afirmou Mário Nogueira, lamentando que a secretária de Estado não tenha dito aos presentes se se comprometia ou não com os professores a resolver o problema, assumiu.
Mário Nogueira avisou, no entanto, que os governantes da Educação ou o primeiro-ministro poderão ser confrontados durante o “mês de julho, ou de agosto, que são meses de férias” em sítios públicos.
O autarca, Vítor Figueiredo, justificou a antecipação da assinatura do protocolo em hora e meia, referindo que a secretária de Estado tinha de estar às 12:30 em Lisboa para uma conferência do grupo parlamentar.
O protocolo visa uma intervenção no valor de 1,1 milhões de euros na Escola Secundária de São Pedro do Sul.
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