“Se ao aumento da massa salarial já previsto em consequência das medidas de descongelamento de salários (…) se juntar um cenário de aumento salarial, tema que não constava do Programa de Governo, é colocada uma pressão adicional e não prevista sobre as contas públicas”, sublinha o Ministério das Finanças num comunicado sobre o balanço das reuniões desta quinta-feira com os sindicatos.

Porém, o Ministério liderado por Mário Centeno diz que, “atenta a reivindicação de aumento salarial apresentada por todos os sindicatos, e reiterando a extrema exigência deste cenário, o Governo enunciou algumas hipóteses”.

“As alternativas serão entre concentrar esse esforço nos salários mais baixos ou numa medida que abranja todos os trabalhadores e que tenha o mesmo esforço orçamental e impacto na massa salarial”, adiantou a mesma fonte, sem dar detalhes.

No mesmo documento, as Finanças voltam a sublinhar que “a configuração de cada medida e o seu impacto orçamental integrado são determinantes para a composição do próximo OE”.

A principal medida prevista, refere o Ministério, é a continuação do descongelamento das carreiras, sendo “a medida com maior impacto orçamental”.

As três estruturas sindicais da administração pública — Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Frente Comum e Federação Sindical da Administração Pública – foram recebidas esta quinta-feira à tarde no Ministério das Finanças para discutir o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).

Os sindicatos exigem aumentos entre 3% e 4% e tinham a expectativa de que o Governo apresentasse uma contraproposta de aumento salarial na reunião de hoje, mas tal não aconteceu. A próxima ronda está marcada para quarta-feira, dia 10.

O tema tem estado a ser negociado também no parlamento entre o Governo, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV.

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