Cristiano Ronaldo já tinha aceitado as condições propostas pelo fisco espanhol em junho, mas o acordo estava pendente da retificação do diretor da Agência Tributária espanhola. Agora, avança a agência EFE, o acordo é oficial sendo que o capitão da seleção portuguesa terá de pagar 19 milhões de euros, sendo ainda condenado a 2 anos de pensa suspensa.
O antigo jogador do Real Madrid, que vai viver em Itália na próxima temporada, tem assim de cumprir as condições impostas: reconhecer quatro delitos fiscais e cumprir uma pena de dois anos de prisão com pena suspensa — seis meses por cada um dos delitos — e o pagamento de uma quantia de 18,8 milhões de euros.
O valor da quantaia, próximo dos 19 milhões de euros, engloba os 5,7 milhões de euros defraudados - número que ficou estabelecido no acordo -, o valor da multa e ainda juros.
Ronaldo já se tinha disponibilizado para assumir a responsabilidade pelos crimes de que é acusado, oferecendo uma declaração de culpa à Agência Tributária espanhola para que houvesse um acordo que encerre o processo.
O internacional português é acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
Na base da acusação estão os direitos de imagem do jogador português, ao serviço do Real Madrid desde 2009, e que, desde 1 de janeiro de 2010, é considerado residente fiscal em Espanha.
O caso tornou-se público no âmbito da investigação da ‘Football Leaks’, levada a cabo por uma rede internacional de órgãos de comunicação social (EIC), liderada pelo alemão Der Spiegel e da qual faz também parte o espanhol El Mundo.
Quando foi ouvido em 31 de julho do ano passado no tribunal de Pozuelo de Alarcón, Ronaldo afirmou que “nunca” ocultou rendimentos nem teve “intenção de fugir aos impostos”.
O português sublinhou que o fisco conhece todos os seus rendimentos porque nunca escondeu “nada, nem intenção de fugir aos impostos”.
Cristiano Ronaldo pediu na altura que se “deixe trabalhar a justiça”, na qual acredita e de quem espera “uma decisão justa”, dizendo ainda que não vai voltar a fazer declarações sobre o assunto até ser proferida uma sentença.
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