Segundo o secretário regional das Infraestruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Francisco Gula, o seu governo entrega na segunda-feira ao Governo central o levantamento feito, incluindo os cálculos financeiros e espera “apoio urgente para ultrapassar os danos” uma vez que “há muitas famílias afetadas”.

“No dia 18 tivemos uma situação fora do normal que provocou inundações, enxurradas, os rios transbordaram e provocaram muitos estragos”, disse o governante local.

“A inundação afetou toda a cidade de Santo António e todas as pessoas próximas do Rio Papagaio e a Ribeira Formiga sofreram grandes danos, agravados com o desabamento de terras e algumas casas desabaram”, acrescentou.

De acordo com o responsável, o hospital Dr. Manuel Quaresma Dias da Graça também foi afetado, ficando inundado devido à subida do caudal de um riacho situado nas traseiras do edifício.

“Perdemos muitos medicamentos e outros materiais, a lavandaria não aguentou a força da água e desabou, foi uma situação muito complicada, pelo menos na cidade de Santo António”, acrescentou o secretário regional.

Culturas alimentares, pistas rurais, habitação, infraestruturas públicas e privadas não foram poupadas pela força das águas, sublinhou o responsável que calcula os prejuízos “de acordo com os levantamentos feitos até este momento em mais de 6 mil milhões de dobras” (cerca de 245 mil euros).

“Nós não declaramos o estado de calamidade na ilha porque ainda estamos a efetuar o levantamento da situação. Já o fizemos no centro da cidade, e ainda falta deslocarmo-nos a outras regiões da ilha onde acreditamos os estragos também são enormes”, referiu Francisco Gula.

O responsável do Governo regional disse ainda acreditar que as verbas para a recuperação de uma boa parte dos prejuízos causados pelas chuvas podem vir a ser contempladas no orçamento regional para 2017.