A fotógrafa norte-americana Annie Leibovitz fotografou em Kiev a primeira-dama ucraniana. Os vários retratos de Olena Zelenska, sozinha e acompanhada pelo marido, Volodymyr Zelensky, vão ser o tema principal da edição de outubro da Vogue norte-americana, com as imagens a serem acompanhadas por uma reportagem assinada por Rachel Donadio que procura mostrar a "esposa do presidente ucraniano [...], uma escritora de comédia de longa data, [que] ficou sempre nos bastidores, enquanto o seu marido, um comediante que virou político, e cuja presidência pode determinar o destino do mundo livre, brilha nos holofotes".

No texto disponibilizado, Zelenska diz que "estes foram os meses mais horríveis da minha vida, assim como de todos os ucranianos". "Francamente, penso que ninguém está consciente de como temos conseguido lidar emocionalmente", acrescenta.

“Estamos ansiosos pela vitória. Não temos dúvidas de que prevaleceremos. E é isto que nos faz continuar", diz à Vogue.

Nas fotografias, a primeira-dama ucraniana é retratada num bunker, entre várias militares e junto do marido. Assume um papel da diplomacia da linha da frente da batalha, como escreve Rachel Donadio.

No entanto, é precisamente o trabalho fotográfico que tem sido alvo de algumas críticas. Basta fazer scroll nos comentários da publicação da Vogue ou da própria Annie Leibovitz para se lerem acusações de romantização da guerra.

As críticas são essencialmente dirigidas à fotografia em que Zelenska posa em frente aos destroços de um avião, rodeada de várias militares.