Um homem atacou um agente da polícia com um martelo, esta terça-feira à tarde, antes de ser neutralizado por um disparo em frente à catedral Notre-Dame de Paris, num contexto de forte ameaça terrorista três dias depois de um ataque em Londres.

O agressor, ferido, foi hospitalizado, indicou a polícia francesa. Já o agente agredido sofreu alguns ferimentos ligeiros, assinalaram fontes policiais.

Segundo o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, o agressor gritou "isto é pela Síria" no momento do ataque.

"Ele apresentava-se como sendo um estudante argelino e tinha na sua posse uma carta, cuja autenticidade está a ser verificada", informou o ministro à imprensa, indicando ainda que o agressor carregava consigo "duas facas de cozinha".

As autoridades pediram ao público que se mantivesse distante da área, um dos locais mais visitados da capital francesa, mas garantiu que a "situação estava sob controle" pouco antes das 15h30 locais.

A Procuradoria antiterrorista de Paris abriu uma investigação.

"Escutei um homem a gritar e depois as pessoas começaram a correr. Entraram em pânico. Ouvi dois disparos e vi um homem caído no chão e rodeado de sangue", contou à AFP Philippe, uma testemunha no local.

As ruas próximas à catedral estão isoladas. Vários agentes com coletes à prova de balas saíam da sede da polícia, que fica em frente à Notre-Dame.

Este incidente acontece três dias depois de um atentado em Londres, no qual sete pessoas morreram e 48 ficaram feridas por três homens que atropelaram várias pessoas com um veículo antes de esfaquearem transeuntes.

O ataque de Londres foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

França está em estado de emergência desde os atentados de 2015 em Paris após uma onda de ataques terroristas que fizeram 238 mortos desde 7 de janeiro de 2015, quando 11 pessoas morreram num ataque à revista satírica Charlie Hebdo.

A 13 de novembro de 2016, um comando extremista que jurou lealdade ao grupo do autoproclamado Estado Islâmico (EI) matou 130 pessoas em várias partes da capital francesa.

França tem sido um alvo frequente do EI pela sua participação na coligação militar internacional anti-extremista no Iraque e na Síria.

[Notícia atualizada às 17h31]

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